Dolly, o primeiro mamífero clonado, foi gerado a partir de outra ovelha adulta, o que deixou em polvorosa o mundo científico. O animal nasceu em 1996 mas o resultado da pesquisa só foi publicada no ano seguinte, na Revista Nature. Os responsáveis pela experiência foram os professores Ian Wilnut e Keith Campbell, do Roslin Institute, da Escócia.
Dolly foi gerada a partir do núcleo de uma célula mamária de uma ovelha adulta, o qual foi fundido, com a ajuda de uma corrente eléctrica, ao óvulo de outro animal, cujo núcleo tinha sido previamente retirado. Para obter a clonagem os pesquisadores tiveram de fazer 276 tentativas.
O nome Dolly foi uma referência à cantora country norte-americana Dolly Parton, que tem seios muito grandes.
O clone teve um filhote, que recebeu o nome de Bonnie, nascida de um cruzamento normal com um carneiro montês da raça Welch, chamado David. Dolly gerou ainda mais três filhotes numa única gestação, que morreram.
A experiência abriu debates a respeito dos limites morais das pesquisas científicas, e o Vaticano pediu que as pesquisas sobre clonagens fossem abolidas. Muitos países estabeleceram medidas jurídicas para impedir que o processo fosse realizado em seres humanos.
A ovelha mais famosa do mundo foi sacrificada em 2003 depois de contrair uma infecção pulmonar degenerativa, que lhe infligiu muito sofrimento. Ao completar 5 anos a ovelha apresentou uma forma rara de artrite, que ataca geralmente animais velhos. Os pesquisadores interpretaram a doença como um sinal de envelhecimento precoce a que poderiam estar sujeitos os clones. Dolly também ficou obesa, mas os cientistas não souberam explicar se o sobrepeso foi causado pelo confinamento ou se era outra consequência da clonagem.
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